Um olhar sob a Pandemia

Era Março de 2020 quando eu saí de férias e logo na viagem já começavam a aparecer os primeiros casos de Coronavírus em São Paulo. Na volta das férias já fui orientado a ficar em casa, a me prevenir,

usar máscara, fazer a higiene das mãos com sabão ou álcool e principalmente não aglomerar. A ordem na Prefeitura de São Paulo era fazer home-office.

No meu caso, Fotógrafo da Secretaria de Relações Internacionais, era um dos únicos que tinha que sair pelas ruas para cobrir minhas pautas. Fotografar as ruas vazias, os parques fechados ao público, as doações dos Consulados e Embaixadas que se estabelecem em São Paulo para serem distribuídas para Instituições, Hospitais Públicos, Pessoas em Vulnerabilidade Social, Profissionais da Saúde e Segurança em linha de frente.

Foram milhares de doações reunidas no Hospital da Cruz Vermelha com o apoio do Exército Brasileiro e Voluntários que se propunham a fazer a logística para a distribuição.

Ajudamos em Campanhas para presentear os Profissionais da Saúde que ganhavam um buquê com lindas tulipas ao saírem do plantão exaustivo de encarar a dura realidade que estávamos e estamos vivendo.

Fizemos Campanha para levar música e entretenimento para moradores da Periferia e dos CDHU`s que se encontravam isolados e sem muita perspectiva com os Estabelecimentos Comercias fechados e sem poder sair de casa.

Logo nas minhas primeiras Saídas Fotográficas fui registrando Praças com pessoas se aglomerando, desobedecendo às Orientações de Segurança enquanto muitas pessoas não podiam sair de casa para trabalhar e ganhar a vida.

À apenas alguns metros da Sede do Governo onde eram realizadas Coletivas de Imprensa onde diariamente eram divulgadas os números de Casos e Falecimentos, Medidas Restritivas e de ajuda à Saúde e Economia, muitos se aglomeravam em uma praça próxima, ignorando o uso de máscaras e de isolamento. Por incrível que pareça, milhares continuam fazendo o mesmo.

Fotografei um Hospital Público que estava sendo preparado para receber pacientes de COVID19 com doações de Aparelhos Respiratórios e novas vagas de UTI Especializada. Entrei na UTI, fotografei Ambulância chegando com paciente em estado crítico e eu apenas de máscara.

Passado um ano, continuamos com os mesmos problemas e agora está ficando cada vez mais sério. Veio a segunda onda, as pessoas foram relaxando, foram voltando aos seus trabalhos, realizando encontro em bares, festas clandestinas e aglomerações no Comércio e Transporte Público.

Confesso que eu também passei finais de semana em praias, nem que se fosse apenas para dar uma caminhada na areia, surfar e fotografar a natureza. Fui à alguns encontros com poucos amigos mas sempre obedecendo distanciamento, uso de máscaras e higiene. Caminhei bastante pelas ruas de São Paulo pois os Parques estavam fechados. Andei de bicicleta com um grupo de amigos e sozinho.

Após esse ano fatídico, consegui tirar umas férias e viajei. Pude ver com meus próprios olhos as Medidas de Segurança sendo obedecidas. Muito mais que na Cidade de São Paulo. E ao voltar, foi quase que se eu tivesse revivendo o mesmo momento das férias passadas. As Medidas Restritivas sendo endurecidas e o colapso na Rede Privada e Pública de Saúde. O número de Casos e Óbitos aumentando em Números Recordes Mundiais.

Voltamos à estaca zero. O que é mais preciso para conscientizar a população a obedecer as Normas ou mesmo quererem ser Vacinadas?

Aqui vão algumas imagens que selecionei do meu trabalho durante um ano. Espero que entendam o meu ponto de vista. Continuarei fazendo meu trabalho e agradecendo por estar empregado. Gratidão!

Que Deus proteja à todos! Meus sentimentos para quem perdeu seus familiares e alguém próximo...

#sintomuito #meperdoe #teamo #sougrato

Ruas vazias em São Paulo

Praças aglomeradas na fase incial da Pandemia

Parques fechados em São Paulo

Doações realizadas pela Prefeitura, Consulados, Embaixadas, Cruz Vermelha e Exército Brasileiro

Profissionais da Saúde

Entretenimento na Periferia

Vai Passar!!!